Por Solange Rech
“Pensa que, conscientemente, não deste procuração para
que pessoas tresloucadas decidam pela tua vida.
Mas pensa também que injustiças (e atentados para vingá-las)
não são males inexoráveis, e que só acontecem porque
as subscrevemos com a nossa omissão.
Pensa, e ensina teu filho, que a vida é um dom único da
Mãe-Natureza e que ninguém precisa pedir licença para dela usufruir.
Pensa com quanto desvelo embalaríamos nossos sonhos de liberdade.
Possivelmente, não seríamos plenamente felizes, até porque a
felicidade é fugaz e momentânea, mas conservaríamos aquele
olhar radiante de quem a busca, alimentado pela esperança.
Pensa que fomos feitos diferentes para que nos
completemos na pluralidade, e não para justificar a
intolerância e o ódio, falso argumento de pretensas superioridades.
Pensa que nenhum outro compromisso do ser humano é
mais importante do que preservar o planeta, nosso habitat,
e a convivência harmoniosa dos que nele habitam.
Pensa que há também outras formas de resgatar a paz,
muitas delas ao teu alcance.
Pensa ... e faz tua parte, para que aqui tu vivas em paz, assim
como
teus filhos e os filhos dos teus filhos, num constante suceder de
gerações.
Caso contrário, é preciso dizê-lo, a terra será apenas uma grande bola
(achatada nos pólos), girando ao redor do sol e arrastando,
na sua superfície comburida, o cadáver insepulto de seus tresloucados
filhos”.
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